Resumo: O ERP (Enterprise Resource Planning) ou Planejamento de Recursos Empresariais, aqui apresentado, é uma poderosa ferramenta que se expandiu na década de 90, inicialmente entre as grandes organizações, posteriormente chegando às pequenas e médias empresas. Trata-se de um conjunto de sistemas independentes, mas interligados por meio de um servidor, visando a integração de todas as informações da organização em uma única base de dados, propiciando agilidade e precisão de todos os processos. Atualmente, esta ferramenta é uma grande aliada da gestão empresarial.
Palavras-chave: ERP (Enterprise Resource Planning), Integração da informação, Agilidade dos Processos.
1. Introdução
Enterprise Resource Planning ou Planejamento de Recursos Empresariais, em português, é um sistema de informação que visa a integração de todas as informações de uma empresa em um único sistema. Apesar da sigla enfatizar o Planejamento de Recursos Empresariais, esta não é a principal função do ERP.
Em termos gerais, este sistema consiste em uma plataforma de softwares que tenta facilitar a passagem de informação dentro de uma organização, com a particularidade da existência de uma única base de dados, adaptada às necessidades de todos os departamentos da organização. Desse modo, este é um sistema totalmente integrado e dividido por vários departamentos que atualizam a mesma base de dados.
2. Um pouco de história

A partir do surgimento dos mainframes, os primeiros, gigantescos e caríssimos compudadores, já se percebia a eficiência e a eficácia dos primeiros sistemas de controle de estoque.

Na década de 70 surgiram os MRP’s ou Planejamento de Requisição de Materiais, viabilizando o controle e planejamento do uso de matéria-prima, bem como a efetividade na administração do processo de produção. É importante lembrar que, também na década de 70, foi desenvolvido o código de barras, o que revolucionou a entrada de dados, tornando ainda mais eficiente este gerenciamento.

Na década de 80, a partir do surgimento das redes de computadores ligadas a servidores, o MRP se evoluiu e transformou-se em MRP II ou Planejamento de Recursos de Manufatura. Este, além dos antigos recursos, possibilitava o controle de outras atividades, porém não se sabe ao certo quando o MRP II passou a se chamar ERP.


Apesar da década 80 ser de grande importância para a história do ERP, foi na década de 90 que este ganhou mais força, tornando-se a promessa para o novo milênio, substituindo inúmeros sistemas, principalmente por causa do “bug do milênio”. Este se refere ao problema com as datas de dois dígitos, que virou polêmica no fim da década de 90.

No início, a adoção de um sistema ERP era privilégio de grandes organizações, já que apresentava elevados custos de implantação. Porém, logo se popularizou chegando a pequenas e médias empresas.

É importante ressaltar que, antes do ERP, utilizavam-se um sistema para cada departamento, sem uma integração dos dados, de modo que, parte do processo era realizada manualmente.

3. A importância de um sistema ERP para uma organização
Para Ernesto Haberkorn, um dos fundadores da Microsiga, produtora nacional de ERP focada no segmento de Pequenas e Médias Empresas, muito mais do que um “modismo”, adotar o sistema ERP é garantir a sobrevivência da organização. Para ele, a melhor forma de saber se uma empresa está dando lucro é acompanhando de perto todas as receitas e despesas, o que faz do ERP uma ferramenta indispensável, já que este mede todos os resultados de forma automatizada.

Segundo Haberkorn, "Com um ERP, a empresa tem como prever a entrega de um pedido colocado pelo time de venda, pois o sistema mostra se há matéria-prima suficiente para produção. Com seus sistemas informatizados, a empresa sabe quanto está entrando e saindo de dinheiro e passa a controlar o seu negócio com mais eficiência".

Atualmente, um número cada vez maior de organizações adotam esta poderosa ferramenta. Uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Informação e Coordenação do ponto br (NIC.br), publicada no ano passado, mostrrou que 30,06% das 2,56 mil empresas brasileiras entrevistadas utilizam esse sistema.

4. Algumas características fundamentais do sistema ERP

Flexibilidade: As constantes mudanças no ambiente organizacional, externo e interno, implicam que o ERP seja flexível para poder estar a altura das mudanças;
Aberto
: Deve ter uma arquitetura aberta para poder se utilizar um módulo livremente dos outros;

Compreensivo: Deve estar apto a suportar várias estruturas funcionais da organização bem como uma vasta área de negócios;

Conectividade
: Não deve limitar-se à organização, devendo ter ligação com outras entidades de negócio do mesmo grupo empresarial;

Simulação da realidade
: Deve simular a realidade dos processos da empresa no computador. De modo algum o controle da empresa deve estar fora do processo de negócio, devendo possibilitar a elaboração de relatórios para os usuários que controlam o sistema.

5. Algumas vantagens na utilização de um sistema ERP

  • Processamento da folha de pagamento automatizado, o que dispensa grande parte da mão-de-obra neste processo
  • Redução do número de documentos em papel, disponibilizando consulta e introdução on-line de informação;
  • Redução de custos;
  • Otimização do processo de tomada de decisão;
  • Otimização do fluxo e da qualidade da informação dentro da organização;
  • Informações detalhadas, provenientes de várias áreas da empresa;
  • Maior agilidade na assistência a clientes;
  • Melhor monitoramento do sistema e rápida consulta às bases de dados.
6. Algumas desvantagens na utilização de um sistema ERP

  • Custos de implantação e implementação, às vezes, elevados e fora do alcance de pequenas e medias empresas;
  • A implantação e/ou implementação de um sistema ERP pode levar algum tempo, podendo reduzir a produtividade nesse período;
  • Gastos com treinamento de colaborares;
  • Redução do quadro de pessoal.

7. Conclusão

Este trabalho teve como objetivo principal a apresentação do ERP (Enterprise Resource Planning), como alternativa de inovação e modernização da gestão empresarial. Conforme visto, apesar de ainda existirem fatores que dificultam a adoção deste sistema, esta ferramenta tem proporcionado bons resultados.

É importante lembrar que a adaptação dos colaboradores ao sistema é um fator de grande importância e decisivo para o sucesso. Apesar dos gastos provenientes de treinamentos, isto propiciará maior agilidade e precisão na entrada de dados, o que contribui significativamente para a agilidade de todo o processo. Além disso, a presença do gestor é também de grande importância. Este precisa acompanhar todas as etapas e saber guiar estes trabalhos difíceis.

8. Referências

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